A terceira fase das oitivas da CPI do Transporte Público começou com novas cobranças da relatora Ana Portela (PL) ao Consórcio Guaicurus. Durante depoimento do diretor de Operações, Paulo Vitor, a vereadora pediu o fluxo de caixa da concessionária para verificar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
“A população não aguenta mais essa diferença de dados e de informações que são dadas nesta CPI. Vamos atrás deste fluxo e investigar isso detalhadamente. Nosso objetivo é entender se realmente há desequilíbrio econômico-financeiro, como alegado pelo Consórcio Guaicurus para justificar diversas incoerências”, declarou Ana Portela.
O pedido mira a disparidade entre 2022 e 2023: em 2022 o consórcio informou lucro de cerca de R$ 600 mil; em 2023, registrou prejuízo de quase R$ 5 milhões, embora o número de passageiros tenha variado pouco no período.
Com exclusividade ao Portal O Sul-mato-grossense, a vereadora definiu prazo e detalhou os próximos passos:
“O prazo para todos os documentos que devem ser entregues é de 10 dias corridos.”
“Através da análise aprofundada do fluxo de caixa do Consórcio Guaicurus, nós poderemos saber se a empresa vem tendo lucro ou não com a concessão, além de sabermos quais foram estes números ano após ano. Isso também será importante para que possamos ver como cada item que compõe o fluxo de caixa da concessionária interfere na receita final. Essa resposta ficará mais clara após essa leitura detalhada do fluxo de caixa.”
“A empresa contábil que vai nos atender e nos auxiliar nessa construção e análise financeira ainda está em processo de definição.”
Ainda na sessão, a relatora reiterou o requerimento para contratar um escritório de contabilidade independente que elaborará laudo técnico sobre as finanças do consórcio. O documento, somado ao fluxo de caixa, deve embasar o relatório final da CPI.
