A Polícia Civil prendeu, de forma preventiva, uma mulher suspeita de participar de um esquema de abuso sexual contra crianças e adolescentes no município de Quirinópolis, no sudoeste de Goiás. De acordo com as investigações, ela atuava diretamente nos crimes ao fornecer bebidas alcoólicas e medicamentos às vítimas, com o objetivo de dopá-las para que os abusos ocorressem.
O marido dela, apontado como o principal autor dos abusos, está detido desde o dia 15 de maio, quando foi preso em flagrante. Segundo a Polícia Civil, além dos crimes de abuso, o homem também se passava por policial federal.
Até o momento, oito vítimas, entre crianças e adolescentes, foram identificadas. Elas confirmaram a atuação do casal. As investigações começaram após a denúncia feita por mães das vítimas, que relataram os abusos às autoridades. Uma das meninas foi a primeira a relatar o crime, o que encorajou outras vítimas a também prestarem depoimento.
De acordo com a polícia, o suspeito se apresentava como “padrinho” das crianças e costumava buscá-las nos finais de semana para levá-las até sua residência, onde os crimes ocorriam.
Na ocasião da prisão em flagrante, os agentes foram recebidos inicialmente pela esposa do suspeito, que afirmou que ele estaria viajando. Minutos depois, o homem chegou ao local dirigindo um Fiat Uno vermelho, vestido com uma camisa falsa da Polícia Federal, com o brasão e inscrições de “agente federal”.
Durante a operação, os policiais apreenderam duas armas — ambas carabinas de pressão, sendo que uma delas pode ter sido adaptada para o calibre 22 —, além de seis camisetas com o brasão da PF.
Inicialmente, cinco vítimas foram identificadas. Após a prisão do suspeito, outras três meninas reconheceram o homem e procuraram a delegacia para prestar depoimento. As investigações seguem em andamento para apurar se há mais envolvidos e outras vítimas.
