Onça-pintada capturada após ataque de caseiro no Pantanal é transferida para instituto em São Paulo

A onça- pintada capturada no dia 24 de abril no Pantanal sul-mato-grossense, após a morte do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, foi transferida do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) de Campo Grande (MS) para um mantenedor de fauna no Instituto Ampara Animal, em São Paulo. Apesar da captura, não há confirmação de que a onça é a mesma que atacou o caseiro.

A onça, um macho, de 94 quilos, ganhou 13 kg em três semanas de tratamento, sob cuidados veterinários. O animal saiu de Campo Grande na quinta-feira (15). A captura ocorreu três dias após a informação sobre o ataque.

A veterinária Aline Duarte, gestora do Hospital Veterinário Ayty e coordenadora do CRAS, explicou como a evolução da onça durante tratamento no local.

“Nesse período que ele ficou conosco, de três semanas, diante dos exames que a gente fez quando ele chegou, demos um suporte principalmente nutricional e de hidratação, porque chegou desidratado, com baixo peso. Os primeiros exames deram algumas alterações que eram agudas, mas que ao longo do período foi se tornando estável. O animal ganhou bastante peso, de forma geral evoluiu bem, chegou aqui com 94 quilos e está saindo com 107, devido a uma rotina de alimentação. É um animal carnívoro, então a base da alimentação dele era a carne, e também a gente dava algumas suplementações de tratamento, medicamento, um hepatoprotetor por causa do fígado, mas não tinha nenhum problema de saúde grave”, disse.

O Instituto Ampara Animal, para onde a onça foi transferida, possui outras oito onças, cinco pintadas e três pardas. O local abriga ainda outros animais silvestres que não podem ser soltos por terem sido vítimas de interferência humana ou por outras razões que os impeça de voltar à natureza.