MP entra com ação contra Virginia Fonseca e Wepink por venda abusiva e propaganda enganosa

O Ministério Público de Goiás (MPGO) ingressou com uma Ação Civil Pública contra a empresa Wepink – Savi Cosméticos Ltda. e seus sócios, entre eles a influenciadora Virginia Fonseca, por práticas abusivas nas vendas online. A empresa é acusada de vender produtos sem estoque, atrasar entregas por até sete meses, dificultar reembolsos e realizar publicidade enganosa em transmissões ao vivo.

A ação foi protocolada em Goiânia e inclui pedido de urgência. De acordo com o MP, a Wepink acumulou mais de 90 mil reclamações no site Reclame Aqui em 2024, além de 340 denúncias formais no Procon de Goiás. O promotor Élvio Vicente da Silva, responsável pela ação, afirma que os próprios sócios admitiram, durante lives, que a empresa comercializava produtos sem tê-los em estoque, mesmo sabendo que não seria possível cumprir o prazo de entrega prometido de 14 dias úteis.

Em uma das transmissões, o sócio Thiago Stabile afirmou: “A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil”, reconhecendo que o rápido crescimento causou problemas no abastecimento e na entrega dos produtos.

O MPGO aponta que as práticas configuram publicidade enganosa e má-fé contratual. A investigação revelou ainda problemas como atendimento deficiente, exclusão de críticas, entregas com defeito e descumprimento de prazos. A ação pede que a Justiça determine providências urgentes para proteger os consumidores afetados.