Zoológico de Brasília reabre na segunda (7) após casos de gripe aviária

O Zoológico de Brasília reabre ao público na próxima segunda-feira (7), após mais de um mês fechado por causa de casos de gripe aviária.

A reabertura do zoo foi autorizada após a desinterdição realizada pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), com base em critérios técnicos e seguindo orientações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Inicialmente, a interdição do zoo ocorreu em 28 de maio, após duas aves serem encontradas mortas – um pombo e um irerê (uma espécie de pato) –, o que levantou a suspeita de gripe aviária. O pombo não apresentava o vírus, mas os testes do irerê detectaram a presença do H5N1, em 3 de junho, o primeiro caso da doença no DF em 2025.

Em 13 de junho, uma nova suspeita manteve o zoológico de portas fechadas para o público, depois que um emu – ave de origem australiana – apresentou sintomas neurológicos compatíveis com a doença. O caso foi confirmado três dias depois. Os exames foram feitos pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura.

As amostras do irerê e do emu indicaram que os vírus detectados apresentam semelhança com linhagens registradas na América do Norte, o que sugere introdução por rotas migratórias. 

Durante o período de fechamento do parque, a Seagri-DF adotou medidas preventivas para conter a circulação do vírus da influenza aviária.

Reabertura com medidas reforçadas

A reabertura seguirá normas de biosseguridade adotadas pela equipe do Zoológico de Brasília e inclui medidas reforçadas para proteção dos animais e do ambiente. Técnicos da Seagri-DF continuarão realizando ações de vigilância e monitoramento no entorno do zoológicoespecialmente devido à presença de aves migratórias no território.

A Seagri-DF também recomendou ao zoológico:

  • Atualização do Plano de Contingência Interno;
  • Elaboração de um plano de continuidade das ações de biossegurança;
  • Melhorias estruturais nos recintos, para prevenir o contato entre aves silvestres e cativas;
  • Controle da presença de aves domésticas e de animais de vida livre;
  • Melhoria da qualidade da água dos lagos;
  • Reforço na limpeza e desinfecção dos recintos e implantação de área específica para triagem;
  • Quarentena de animais com sinais clínicos compatíveis com doenças aviárias.

A H5N1 é uma variante da Influenza A. Apesar da alta taxa de contaminação entre animais, não há evidências de transmissão da doença para humanos por meio do consumo de ovos ou carne de aves cozidos ou fritos.