Motoristas terceirizados dos Correios paralisam atividades por falta de pagamento

De acordo com os trabalhadores, eles estão há três meses sem receber qualquer quantia. 

Motoristas terceirizados dos Correios paralisaram as atividades por falta de salário. De acordo com os trabalhadores, eles estão há três meses sem receber qualquer quantia. 

Nesta terça-feira (1), um grupo se reuniu em frente ao Centro de Logística da empresa, que fica na marginal da PR-445, em Cambé. Fixando cartazes, os trabalhadores reivindicaram a regularização imediata dos pagamentos. 

A entrada e a saída do local foram fechadas pelos manifestantes. Com a chegada da PM (Polícia Militar), os veículos foram liberados. Além de não receberem o pagamento, os trabalhadores usam carro próprio e arcam com o custo dos combustíveis.

Elisabete Ortiz, agente de Correios, presidenta do Sintcom-PR (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná) e secretária de Mulheres da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) explica que, embora as duas entidades não representem legalmente os funcionários terceirizados, estão acompanhando a situação. 

“A gente está apoiando a paralisação e os trabalhadores que estão em greve. A gente entende que quem trabalhou precisa receber, então, estamos acompanhando, ajudando a orientar”, diz. 

Ainda, ela destaca as dificuldades de gestão da Superintendência Estadual dos Correios no Paraná. 

“A gente está apoiando a luta dos trabalhadores porque entendemos que todos os trabalhadores que vendem a sua mão de obra precisam receber. Ainda mais quando se trata da direção dos Correios, aqui no Paraná, é uma direção que não está sabendo administrar todas essas situações, tanto que nós não temos notícias do restante do Brasil que tenha esse problema também”, observa.

“Todos os estados têm motoristas terceirizados, mas o problema está aqui no Paraná. O que nós conversamos com os trabalhadores terceirizados e com as empresas que fazem esse contrato é que os Correios não fizeram o repasse para a empresa contratada e eles não puderam pagar os trabalhadores. Então, a informação que nos foi dada é que a gestão dos Correios do Paraná não está sabendo gerir”, acrescenta.

As empresas alegam que não receberam os pagamentos referentes a janeiro de 2025, tornando impossível a continuidade dos serviços de cargas e entregas em todo o Brasil. Segundo os contratos, os pagamentos deveriam ser efetuados nos dias 16 e 28 de cada mês, mas já se passaram 90 dias sem que os valores fossem quitados.