O Rio Grande do Sul possui um forte vínculo com o agronegócio,
uma vez que os imigrantes europeus trouxeram seus conhecimentos profissionais para serem utilizados em diversas áreas no Brasil. Mais especificamente na região Sul, o estabelecimento de descendentes de alemães, italianos e espanhóis foi o princípio para o desenvolvimento da agricultura local e pela expansão agrícola no centro-oeste. É nesse cenário histórico em que ocorre o “Viajando com V de Valtra”, ação inédita organizada pela Valtra que envolve executivos da fábrica, representantes de concessionárias, produtores rurais e influencers do agronegócio.
A iniciativa, que ocorreu de 6 a 8 de outubro, teve como trajeto escolhido os “Caminhos de Caravaggio”, rotas que tem como destino o Santuário de Nossa Senhora do Caravaggio, que fica em Farroupilha, na Serra Gaúcha. No caso da Valtra, o trajeto sai de Casca / RS e passa pelas realidades agrícolas gaúchas. Para representar essa conexão com o campo, os participantes da jornada contam com tratores da marca para chegar ao destino.
“É um evento em que reunimos agricultores, admiradores da marca e comunicadores com um mesmo objetivo, que é chegar ao Santuário. Nesses dias juntos, criamos fortes laços de fraternidade e companheirismo, ao mesmo tempo em que passamos por áreas cheias de religiosidade, belas paisagens, história e, é claro, campos de cultivo”, diz Fabio De Biase, gerente de vendas da Valtra.
O comboio é formado por 17 máquinas de várias gerações e tecnologias, indo desde modelos Valmet (antigo nome da Valtra) aos mais atuais. Independentemente da idade, os maquinários são robustos, fáceis de serem operados e entregam alta performance. Qualidades que são colocadas a prova durante a caravana, já que transitam por longas distâncias em estradas asfaltadas ou de terra, situações bem diferentes daquelas da rotina nas lavouras.
“A ideia nasceu a partir de conversas que tivemos durante feiras agrícolas, pois queríamos criar experiências incríveis para todos que acompanham e admiram nossa marca. Essas pessoas, chamadas de ‘Valtreiros e Valtreiras’, muitas vezes possuem um forte vínculo com seus tratores e equipamentos agrícolas. No nosso caso, a Valmet faz parte da evolução da Valtra e reunir tratores antigos e novos é uma experiência importante, que gera memórias afetivas aos que participam da viagem, por terem a oportunidade de operar essas máquinas”, explica Alberto Toledo, coordenador de marketing de produto da Valtra e um dos idealizadores do projeto.
A organização contou com o auxílio e participação das concessionárias Razera, Tritec e Polisul, que atendem diversas cidades do Estado. Além da participação de representantes das lojas, agricultores que são atendidos por elas também estiveram no comboio. Astor e Diego Posselt, pai e filho que produzem arroz em Arroio Bonito (RS), estavam entre os integrantes do trajeto de Caravaggio.
“A gente vive da terra e acredita no nosso trabalho, mas é uma atividade que exige muito da nossa atenção. Saímos poucas vezes para conhecer outros lugares e por isso ficamos muito felizes com o convite de participar desse passeio e de visitar lugares tão importantes para o povo do Rio Grande do Sul”, argumenta Diego.
Influencers do agro somam histórias e curiosidades
O grupo que fez os Caminhos de Caravaggio contou também com a presença de nove influenciadores digitais para o agronegócio, equipe de comunicadores que é formada por Allan Pasquini, Aretuza Negri, Eduardo de Cesaro, Fernando Viana, Jedielson Almedia, Junior Pelizzon, Pablo Vasconcelos, Pedro Pastore e Raquel Guadagnin. Juntos eles somam cerca de 2 milhões de seguidores entre as plataformas Instagram, Youtube e TikTok, com perfis que mesclam informações técnicas, bom humor e o cotidiano no campo.
Os agroinfluencers, como também são conhecidos, são o reflexo de um agro cada vez mais conectado e atento às redes sociais. Raquel, por exemplo, é uma jovem produtora que teve uma foto “viralizada” por dizer que o pão não nasce na padaria. Um fato que parecer trivial aos olhos de quem produz trigo, como é o caso da família dela, mas que chamou a atenção de milhares de pessoas na internet.
“Hoje, com a difusão da internet no agro, temos a oportunidade de falar sobre assuntos que antes não teriam tanta repercussão. Postar essa foto me mostrou que o agronegócio atrai a curiosidade do público. Possibilitando mostrar nossa realidade dentro da porteira e o processo produtivo do trigo até virar o pão e chegar na mesa dos consumidores. E também fez com que muitos jovens se interessassem pelo campo”, diz a influencer, que durante a viagem testou um trator rosa modelo A73F, produzido em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. “Vivemos uma nova realidade, as mulheres despertando e ocupando seus espaços em diversos setores do agronegócio . É importante termos essa representatividade nessa viagem, com esse trator passando por todo o trajeto”, complementa.
Já história da família de Eduardo de Cesaro com a Valmet / Valtra começou em 1960 quando seu avô, Generoso de Cesaro, adquiriu um modelo Valmet 33. Em 1973 foi a vez de comprar um Valmet 85 ID, trator que passou para o filho, Paulo de Cesaro e que mais atualmente é operado pelo neto, Eduardo de Cesaro. Eduardo, que mora em Casca e é cliente da concessionária Razera, tem orgulho do legado que recebeu e chegou a emoldurar o comprovante de compra da máquina. Por fim, em 2020, houve a aquisição de um Valmet 885.
“Meu avô se firmou na lavoura e passou o bastão para o meu pai, que passou para mim e que passarei adiante. Em todos esses anos tivemos o Valmet do lado e ele continua na lida da propriedade. Esse ano o trator recebeu um bolo pelo seu cinquentenário, homenagem mais que merecida e que está interligada a história da minha família”, comenta de Cesaro.
O legado de Eduardo, assim como dos demais clientes que participam do comboio, dá um grande significado ao “Viajando com V de Valtra”, pois os costumes do campo também passam pela devoção e pela expectativa de safras cada vez melhores.
“A agricultura é uma prática que vai ao cerne da palavra fé. Não apenas pela sua interpretação religiosa, mas também pela esperança de que as lavouras se desenvolvam bem, com o melhor clima possível e sem grandes surpresas. Nossos produtos são a ferramenta que dão base para esse processo, pois sabemos que nossos clientes passam grande parte do dia dentro de máquinas agrícolas. Dessa forma, ao realizar esse trajeto, celebramos centenas de histórias de esperança e fé no agro”, finaliza Fabio De Biase.