Pelas projeções mais recentes da Secretaria de Política Agrícola do MAPA (valores deflacionados pelo IGP-DI da FGV de setembro passado), o Valor Bruto da Produção (VBP) do frango no corrente exercício deve girar em torno dos R$86,6 bilhões. É um valor inferior aos dos dois últimos anos (queda de 6,19% sobre 2023 e de 8,57% sobre 2022), situando-se apenas 5% acima do registrado em 2019, ano pré-pandemia.
Pode não corresponder ao desempenho desejado, mas representa resultado melhor que o do boi, cujo VBP – estimado em R$131,9 bilhões – apresenta aumento de apenas 2,5% em relação a 2019, situando-se como o mais fraco resultado dos últimos quatro anos.
Sob esse aspecto, pelo menos, salvam-se apenas os suínos, que tendem a fechar 2023 registrando o melhor resultado do quinquênio. Pelas projeções mais recentes, seu VBP deve girar em torno dos R$33,2 bilhões, obtendo valorização anual próxima de 8% e ganho de quase 19% em relação a 2019.
Evolução nos primeiros 23 anos do Século XXI
Os dados do MAPA também mostram que, em comparação aos valores alcançados no encerramento do século passado (2000), os maiores crescimentos têm sido registrados pelo suíno e pelo frango.
Assim, considerada a variação ponta a ponta, frente a um aumento de 168% no VBP dos três produtos, o incremento no VBP do suíno deve chegar a 228% e o do frango a 210%. Com isso aumentam sua participação no VBP total em, respectivamente, 23% e 16%.
Já o aumento no VBP do boi fica a pouco mais de um terço do aumento no VBP total: 60%. Em decorrência, a participação recua cerca de 12%, caindo de 60% (2000) para 52% (2023).