Comercialização da safra 2023/24 de café segue bem cadenciada pelo produtor brasileiro
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As vendas de café da safra 2023/24 seguem bastante compassadas e há uma maior linearidade regional no fluxo comercial, embora ainda se perceba uma grande resistência à venda de produtores da Mogiana, Sul de Minas e, principalmente, do Cerrado mineiro. Já o vendedor de conilon apareceu mais, mas sem mostrar afobação, avalia. “Em linhas gerais, o fluxo de venda continua atrelado à necessidade de caixa, apesar da maior flexibilidade do lado do produtor”, aponta o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach. 

A comercialização da safra brasileira de café 2023/24 está em 56% do total esperado a ser produzido. O dado faz parte de levantamento mensal de SAFRAS & Mercado, até o dia 17 de outubro. No mês anterior, a comercialização chegava a 50%. O percentual de vendas é inferior a igual período do ano passado, quando estava em cerca de 60% da safra, e está também abaixo da média normal para o período, que é de 59%.

Desta forma, já foram negociadas 37,24 milhões de sacas de uma safra 2023/24 estimada por SAFRAS & Mercado de 66,65 milhões de sacas.

As vendas do café arábica chegam a 52% da produção, abaixo de igual período do ano passado, quando 58% já havia sido negociado e da média de 5 anos (57%). “A safra maior colhida esse ano justifica essa performance percentual mais lenta. Além disso, o movimento de acomodação de baixa, depois do tombo recente nos preços, também favorece essa postura mais curta dos vendedores, especialmente os mais capitalizados”, diz Barabach.

“Já as vendas de conilon entraram no chamado piloto automático. A alta do diferencial do conilon 13 up no porto de Vitória acaba tirando competitividade da descrição no mercado externo. E, lógico, impacta o fluxo de venda, que estava bastante aquecido”, pondera o consultor. Assim, a comercialização de conilon no Brasil alcança 62% da safra 2023, ficando ligeiramente abaixo dos 64% vendidos em igual período do ano passado e dos 63% na média de 5 anos.