CBios em circulação atendem a 74,6% da meta do RenovaBio para 2023
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Além deste volume pendente, a partir desta primeira quinzena de outubro, o foco é tirar de circulação os 37,47 milhões de créditos referentes à meta de 2023, que deve ser entregue até março do próximo ano. A partir de 2024, o objetivo voltará a ser atendido até dezembro de cada ano.

Na primeira metade de mês, 1,04 milhão de créditos foram aposentados. Em comparação com os 3,84 milhões de CBios que saíram de circulação na segunda quinzena de setembro, houve uma queda de 72,9%.

Como a Bolsa de valores brasileira (B3), única entidade registradora do RenovaBio, não informa quem solicitou a aposentadoria dos créditos, é possível que uma parte deste volume seja referente a investidores que não têm compromissos com o programa002E

Posse e emissões

No dia 16 de outubro, a B3 iniciou a sessão com 27,95 milhões de CBios em circulação. Do total, 63,6%, ou 17,78 milhões de créditos, estavam em posse das distribuidoras que têm metas a cumprir no programa.

Já as usinas certificadas detinham 9 milhões de CBios, o equivalente a 32,2% do montante. Por fim, os 1,18 milhão restantes (4,2%) estavam com investidores sem metas. Os créditos atualmente em circulação já seriam suficientes para alcançar 74,6% da meta total de 2023, de 37,47 milhões de CBios.

Considerando também as aposentadorias da quinzena, o percentual sobe para 77,4%.

Para 2024, por sua vez, o Ministério de Minas e Energia (MME) propôs uma redução da meta prevista anteriormente, para 38,78 milhões de créditos. A revisão dos valores está em consulta pública.

Na quinzena, as usinas certificadas no programa emitiram 1,04 milhão de títulos. Em comparação com os 809,51 mil créditos disponibilizados no mesmo período do ano passado, houve uma alta de 28,7%.

Considerando o acumulado do ano, por sua vez, foram escriturados 25,98 milhões de créditos. De acordo com ANP, 325 unidades participam do RenovaBio atualmente. Destas, quatro fabricam biometano e outras 38, biodiesel.

Dentre as 283 usinas de etanol certificadas, 270 utilizam apenas a cana-de-açúcar como matéria-prima; seis processam cana e milho; seis, apenas milho; e uma produz biocombustível de primeira e de segunda geração de forma integrada.

Desde o início do programa até agora, 106,59 milhões de CBios já foram emitidos pelas usinas.

Preços em queda

Na primeira quinzena de outubro, os preços dos CBios entraram em sua quarta queda consecutiva. Na primeira metade do mês, o valor médio dos créditos foi de R$ 108,38, retração de 11% em relação ao final de setembro.

Os números são resultado de cálculos realizados pelo NovaCana a partir dos dados da B3. Com as diminuições, o preço ficou 4,3% abaixo da média de 2023, de R$ 113,23. Apesar disto, o valor está 27,9% além da média histórica do programa, de R$ 84,73.

Ainda segundo a B3, na quinzena, foram comercializados 2,05 milhões de CBios, alta anual de 34,3%. No mesmo período de 2022, 1,52 milhão de créditos foram negociados. Na quinzena, os preços oscilaram entre R$ 99,05 e R$ 124,50. O valor mais alto foi registrado no dia 10, enquanto o menor foi visto em 11 de outubro.

“Os números refletem todas as operações de compra e venda envolvidas em um ciclo de negociação. Assim, no caso de intermediações realizadas por corretoras ou outras instituições, primeiro é realizada uma operação de compra das quantidades e, depois, uma operação de venda para o investidor final”, explica a B3.

A registradora afirmou ao NovaCana que as negociações a termo já estão disponíveis em seu sistema. De acordo com a entidade, as operações serão divulgadas na data de registro e, caso não sejam liquidadas, serão retiradas do histórico.